GLOSSÁRIO

Aqui você encontrará alguns termos e conceitos muito utilizados quando o assunto é o vidro.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. É o órgão responsável pela normalização técnica no País. É quem recebe o projeto de norma aprovado pelas comissões de estudos para publicar as normas brasileiras. Em seu site (www.abnt.org.br), é possível encontrar os textos dos projetos de normas na íntegra. A Vidraçaria Campus está em total conformidade com estas regras e aplica isso em seus produtos e serviços.

Abravid – Associação Brasiliense de Vidraçarias

Acavime – Associação de Câmaras de Vidro do Mercosul

Adivipar – Associação dos Distribuidores Industriais e Revendedores de Vidros do
Estado do Paraná

Amvid – Associação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dos Beneficiadores de Vidro

Anorvid – Associação Norte-Nordeste de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos

Ascevi – Associação Catarinense das Empresas Vidreiras

CB-37 – Comitê Brasileiro de Vidros Planos. É secretariado pela Andiv. Ele é o responsável pela coordenação e elaboração das normas de vidros planos. Sempre que se identifica a necessidade de se criar uma norma, o comitê reúne pessoas interessadas no produto em pauta (fabricantes, empresários, arquitetos, engenheiros, consumidores, estudantes, etc.) para formar a comissão de estudos e elaborar a norma. Depois disso, o projeto de norma passa pelo processo de consulta nacional, para análise da sociedade, sugestões e objeções técnicas.

CSM-21 – Comitê Setorial Mercosul de Vidros Planos. É responsável por desenvolver as Normas Mercosul para o segmento vidreiro. Os países do Mercosul estão representados no comitê com organismos próprios. A Argentina está representada pelo Instituto Argentino de Normalización y Certificación (Iram), o Paraguay, pelo Instituto Nacional de Tecnología y Normalización (INTN), o Uruguai, pelo Instituto Uruguayo de Normas Técnicas (Unit) e o Brasil, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esses organismos têm como principal tarefa estruturar padrões comuns de produção e consumo, além de facilitar o intercâmbio comercial entre os países do mundo.

Curso do Vidraceiro – Projeto da Andiv em parceria com o Senai. Visa a oferecer formação global para vidraceiro. O aluno é treinado e capacitado para cortar, lapidar, laminar e realizar qualquer tipo de instalação, de pequeno e médio porte, de vidros planos comuns, temperados e aramados, além de noções de Oficina do Vidro, Teoria do Vidro, Desenho Técnico, Segurança do Trabalho e Técnicas de Gestão Pessoal.

Float – É o vidro comum, liso, transparente e a matéria-prima que dá origem aos temperados, laminados, insulados, serigrafados e espelhos. Sua composição inclui sílica, sódio, cálcio, magnésio, potássio e alumina. É aplicado na arquitetura, indústria moveleira, automotiva e de linha branca (eletrodomésticos). Atualmente, no Brasil, é produzido com espessuras que variam de 3 a 19 mm.

Forno de curvatura – Equipamento capaz de produzir o vidro curvo. Uma chapa de float é introduzida no forno, sobre um molde. Esse vidro é aquecido para tomar a forma do molde e, em seguida, é resfriado.

Forno de têmpera – É nessa máquina que o vidro temperado é produzido. Nos equipamentos mais simples, o vidro é trabalhado verticalmente e sai do forno com marcas de pinça, devido à área de sustentação. Os fornos horizontais são mais sofisticados e têm maior capacidade de produção. Os temperados obtidos por esse sistema oferecem mais variações de tamanho e espessuras (chapas maiores e mais finas, inclusive), sem marcas de pinça.

Glass South America – Maior feira do segmento vidreiro na América Latina, destinada aos profissionais que buscam tecnologia avançada e tendências mundiais. Máquinas e equipamentos para fabricação, transformação e beneficiamento do vidro plano, vidros para construção civil, arquitetura, decoração, indústria moveleira e automotivos são alguns dos produtos presentes no evento, organizado pela VNU Business Media.

Glazing – É o tipo de fachada em que se utilizam vidros colados com silicone estrutural em caixilhos especiais. Então, pelo lado de fora do ambiente, o que se vê são apenas os vidros sem a interferência de caixilhos ou molduras.

Instituto Falcão Bauer da Qualidade – Entidade credenciada pelo Inmetro para certificar o vidro temperado e o laminado da área automotiva, após análise do relatório final fornecido pelo laboratório. Ele também emite a licença para que a empresa utilize a marca de conformidade do produto.

L. A. Falcão Bauer – Centro Tecnológico de Controle da Qualidade – Credenciado pelo Inmetro, é o único laboratório no Brasil autorizado para realizar testes rigorosos nos vidros de acordo com as normas brasileiras, regidas pela ABNT, para certificar a qualidade do produto.

Lapidação – É o tratamento que o vidro recebe nas bordas para que não cause ferimentos e ganhe uma certa dose de resistência. Dá um aspecto diferenciado ao produto final. Existem diversos tipos de acabamento. Depois desse tratamento de recortes especiais, eles podem ser utilizados em tampos de mesa e de pia, móveis, prateleiras, esculturas, etc.

NBR – Sigla para designar as normas brasileiras. Sempre vem seguida de alguns números que identificam cada produto. Assim, a NBR 14698, por exemplo, trata sobre o vidro temperado, enquanto a NBR 9491 fala sobre o vidro automotivo.

O Vidroplano – Única publicação mensal, de abrangência nacional e países do Mercosul, dirigida ao mercado vidreiro. A maior, mais antiga e tradicional revista do setor é voltada para os empresários do ramo, vidraceiros, arquitetos, engenheiros, construtores, decoradores, estudantes e profissionais ligados à construção civil.

PVB – Trata-se do polivinil butiral. Uma das matérias-primas utilizadas na fabricação de vidro laminado, é uma película plástica e elástica aplicada entre as chapas de vidro. Disponível em diversas cores no mercado. Pode ser utilizado na laminação de float e do impresso. É nessa película que os fragmentos de vidro ficam presos em caso de quebra.

Resina – Material usado para laminar o vidro. A resina também oferece uma grande variedade de cores. Assim como o PVB, pode ser aplicada em impresso e float.

Simpovidro – Realizado pela Andiv, o evento bienal é um dos mais importantes do ramo vidreiro na América Latina. O simpósio tem por objetivo oferecer aos empresários do setor alguns dias em dezembro para atualização profissional, oportunidades de negócios e de integração entre os participantes. Palestras e exposições de produtos também fazem parte do Simpovidro. A cada nova edição, o evento é realizado em uma região brasileira para prestigiar seus empresários.

Sinbevidros – Sindicato das Indústrias de Beneficiamento e Transformação de Vidros e Cristais do Estado de São Paulo

Sincaverj – Sindicato do Comércio Atacadista de Vidros Planos, Cristais e Espelhos do Rio de Janeiro

Sincomavi – Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismo, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo

Sindicato do Comércio Atacadista de Vidros Planos, Cristais e Espelhos de São Paulo

Sindividro – Sindicato das Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça e Porcelana no Estado do Rio Grande do Sul

Vidro acidado – Podendo ser fabricado de forma artesanal ou industrial, ele é submetido a uma solução ácida que age no vidro de modo controlado, criando texturas, desenhos, letras, dando um aspecto de translucidez.
No processo artesanal, as estampas são criadas sob encomenda. Já no industrial, o vidro é colocado em máquinas que permitem que ele possa apresentar aparência totalmente translúcida, colorida totalmente translúcida, translúcido decorado com listras brilhantes e desenhos florais, geométricos e artísticos padronizados.

Vidro anti-reflexo – É ideal para ser aplicado onde se deseja eliminar reflexos luminosos. Salvo raras exceções, o anti-reflexo é um vidro impresso, pois tem microtexturas e possui capacidade muito grande de difundir a luz. Pode ser aplicado em quadros de parede e painéis. Caso seja laminado com outro vidro anti-reflexo, o vidro acaba por adquirir certa opacidade ficando bem parecido com o acidado.

Vidro aramado – É um vidro impresso um pouco diferente dos outros, pois possui uma rede metálica de malha quadriculada incorporada à massa do vidro. É essa rede que retém os cacos no caso de quebra. Considerado um vidro de segurança, o aramado é versátil e pode estar em coberturas, divisórias, guarda-corpo, móveis, tampos, etc.

Vidro autolimpante – É feito direto na linha de produção do float e possui uma camada metalizada que tem como principal componente o óxido de titânio. O ideal é que seja aplicado em fachadas, pois os raios ultravioleta ativam as propriedades autolimpantes do vidro, não deixando a sujeira fixada na superfície da chapa. Como é um produto hidrofílico, a água em contato com o vidro se dispersa e escorre de maneira uniforme, levando a sujeira acumulada embora num efeito contínuo.

Vidro baixo-emissivo – Também conhecido como vidro low-e, é indicado, principalmente, para ambientes em que a baixa troca térmica se faz necessária. Esse tipo de vidro permite diminuir as perdas térmicas, pois possui uma metalização baixa-emissiva.

Vidro bisotado – Esse vidro, também chamado de biselado, recebe tratamento especial em suas bordas para evitar acidentes e trincas. O acabamento chanfrado é conseguido por meio da lapidação e polimento. É aplicado principalmente na indústria moveleira.

Vidro blindado – Resistente a balas, é o vidro desenvolvido para proteção contra disparos de armas de fogo ou objetos lançados contra ele. São as camadas plásticas existentes entre as várias lâminas de vidro que amortecem o impacto e oferecem a resistência para aumentar a segurança.
Para se obter uma resistência maior, sem que seja necessária a utilização de vidros muito espessos, é comum o uso de uma ou mais camadas de policarbonato.

Vidro curvo – Para fabricar esse vidro, é preciso colocá-lo sobre um molde instalado dentro do forno de curvatura. Ele é aquecido em altíssima temperatura para que tome a forma do molde e em seguida é resfriado. É aplicado nas indústrias automotiva, de linha branca, moveleira e construção civil.

Vidro duplo – Também conhecido como insulado, o vidro duplo é um conjunto de duas ou mais chapas de vidro intercaladas por uma câmara de ar desidratado ou gás argônio. O duplo envidraçamento pode ser composto por qualquer tipo de vidro, o que aliás, acaba melhorando seu desempenho termoacústico. Oferece conforto acústico quando ao menos uma das chapas de vidro é laminada ou há variação de espessuras. O conforto térmico provém da redução de troca de calor dos vidros com o interior do ambiente. Atualmente, existem, inclusive, persianas que são aplicadas entre as chapas e podem ser acionadas de três modos diferentes: motor, cordão e haste. É ideal para fachadas, divisórias, coberturas, etc.

Vidro extra clear – É o vidro mais claro e transparente que existe, pois sua massa não tem cor e, por isso, é ideal para vidros pintados e linha de serigrafia. Essa característica reforça e assegura a fidelidade do tom da tinta aplicada sem comprometer o resultado final. Pode ser laminado, temperado e aplicado em locais que necessitem de transparência e qualidade óptica.

Vidro fantasia – Não provem do float e, por isso, tem fabricação em forno próprio e técnica diferenciada. Trata-se de um vidro translúcido e texturizado, ou seja, apresenta em sua superfície desenhos (padrões) impressos no vidro ainda quente. Também conhecido como vidro fantasia, pode receber beneficiamentos como laminação, têmpera, espelhamento, jateamento e bisotê. É aplicado em tampos de mesa, divisórias, portas, pisos, revestimentos de paredes, tetos, etc.

Vidro impresso – Não provem do float e, por isso, tem fabricação em forno próprio e técnica diferenciada. Trata-se de um vidro translúcido e texturizado, ou seja, apresenta em sua superfície desenhos (padrões) impressos no vidro ainda quente. Também conhecido como vidro fantasia, pode receber beneficiamentos como laminação, têmpera, espelhamento, jateamento e bisotê. É aplicado em tampos de mesa, divisórias, portas, pisos, revestimentos de paredes, tetos, etc.

Vidro insulado – Também conhecido como vidro duplo, o vidro duplo é um conjunto de duas ou mais chapas de vidro intercaladas por uma câmara de ar desidratado ou gás argônio. O duplo envidraçamento pode ser composto por qualquer tipo de vidro, o que aliás, acaba melhorando seu desempenho termoacústico. Oferece conforto acústico quando ao menos uma das chapas de vidro é laminada ou há variação de espessuras. O conforto térmico provém da redução de troca de calor dos vidros com o interior do ambiente. Atualmente, existem, inclusive, persianas que são aplicadas entre as chapas e podem ser acionadas de três modos diferentes: motor, cordão e haste. É ideal para fachadas, divisórias, coberturas, etc.

Vidro jateado – Produzido em cabina fechada, o jateado aboliu a areia e passou a ser feito com pós-abrasivos, que funcionam muito bem e são menos tóxicos. É possível reproduzir desenhos, fotos e figuras estampadas na superfície do vidro. Além disso, ele permite certa privacidade ao ambiente, pois o vidro pode ser totalmente opacado.

Vidro Monolítico – É o vidro simples, composto por uma única lâmina.

Vidro laminado – É uma espécie de sanduíche de vidros, ou seja, duas ou mais placas de vidro são unidas por uma camada intermediária de polivinil butiral (PVB) ou resina. Em caso de quebra, é nessa camada intermediária que os cacos ficam presos, dando ao produto a característica de segurança.

Vidro para piscina e aquário – É preciso analisar a pressão hidrostática de cada projeto para avaliar a composição ideal dos vidros destinados à piscina ou aquário. Geralmente, são especificados um conjunto composto de pelo menos três chapas de laminados. Também é possível combinar esse conjunto com algumas lâminas de temperado, mas nunca ele sozinho.

Vidro Pirolítico – Ver vidro metalizado

Vidro refletivo – São chamados, popularmente, de espelhados. Há dois métodos de fabricação: on line (pirolítico) ou off line (vácuo). Pelo sistema on line, a camada metalizada é pulverizada com óxidos metálicos durante a fabricação do float, garantindo durabilidade e homogeneidade ao produto. No processo off line, a chapa de vidro passa por uma câmara mantida à vácuo, onde recebe a deposição de átomos de metal sobre uma de suas faces. É um vidro com desempenho energético, ou seja, é capaz de melhorar o dimensionamento do ar-condicionado e interferir no grau de transmissão luminosa e de calor para dentro do ambiente.

Vidro serigrafado – Existem dois processos para se produzir esse tipo de vidro. No processo quente, o mais utilizado, um esmalte cerâmico (tinta vitrificada) é aplicado na lâmina e em seguida o vidro passa pela têmpera para que os pigmentos sejam incorporados a ele, tornando-o um vidro temperado. Pode ser aplicado em vitrinas, boxes, fachadas, divisórias, portas, etc. No processo frio, uma tinta cuja cura é feita por luz ultravioleta é aplicada no vidro para que adquira cor e textura. É um processo mais rápido e fácil, porém, a textura não fica totalmente incorporada à lâmina, podendo ser retirada com objetos pontiagudos ou estiletes.

Vidro temperado – Obtido por meio de aquecimento gradativo e resfriamento abrupto num forno de têmpera (vertical ou horizontal), o temperado, antes de tudo, é um vidro de segurança. Em caso de quebra, fragmenta-se em pedaços pouco cortantes e bem pequenos. Depois de temperado, o vidro não pode ser beneficiado, cortado, furado, etc. É muito utilizado na construção civil, indústria automotiva e recentemente, na decoração. É também o único vidro que pode ser aplicado como porta sem a utilização de caixilhos.

Produtos Vítreos de Base –

Entendem-se como produtos de base os materiais vítreos que se aplicam do modo como são fabricados, isto é, sem que seja preciso submetê-los a elaboração posterior, na superfície ou nas bordas, por causa do corte. Ao serem transformados resultam em produtos de segurança, decoração, ornamentação, domésticos, automobilísticos, etc., mantendo ou ampliando suas características técnicas originais.

Existem no comércio três famílias fundamentais: vidros estirados, cristal float-glass e vidros impressos.

Vidro Float (segunda parte) – Obtido por meio de escoamento do vidro sobre uma base de estanho líquida em atmosfera controlada, é disponível em grandes placas planas e fabricado pela Cia. Brasileira de Cristais – Cebrace.
É produzido em placas planas com ambas as faces planas e paralelas, obtido através do processo de fabricação float.
Os vidros float coloridos são fabricados, segundo o processo float, da mesma maneira que os vidros incolores. Distinguem-se dos incolores pelo fato de aditivos minerais serem incorporados em suas composições, conferindo-lhes, de um lado, coloração e, de outro, proporcionando-lhes o poder de barrar uma parte da irradiação solar. Assim, possuem inúmeras vantagens: redução da entrada de calor, melhorando o bem-estar e diminuindo o custo do ar-condicionado; sua transmissão luminosa permite, segundo a cor e a espessura aplicada, manter, no interior, um alto nível de claridade natural ou proporcionar um ambiente suave e repousante isento de ofuscamento; estão disponíveis no mercado em três cores diferente: bronze, cinza e verde.
Constituem-se em elementos decorativos. O campo de utilização do float incolor abrange todos os envidraçamentos internos e externos e com dimensões e espessuras adequadas ao vão e local de aplicação. O campo de utilização do float colorido abrange a construção civil, para a redução da irradiação solar; nos vitrais isolantes; na arquitetura externa, por motivos estéticos; e na decoração dos apartamentos e residências.
Podem sofrer as seguintes operações de elaboração: corte, lapidação, têmpera, espelhação, etc. Podem ser aplicados em envidraçamentos isolantes ou em vidros laminados Triplex, podendo inclusive, receber durante a fabricação uma camada reflexiva, reforçando mais ainda deu poder de proteção solar.

Características técnicas:

• Acústicas: poder fono-isolante – índice de atenuação acústica – em dB.

Espessura Índice de Atenuação

2 25
3 27
4 28
5 30
6 32
8 34
10 35
12 37
15 39
• Óticas: fator de transmissão luminosa – 0,89 para a espessura de 6mm.
• Mecânicas: carga unitária de rompimento à flexão – sRF = 4 Kgf/mm²;
módulo de elasticidade: E= 7500 Kgf/mm²; coeficiente de Poisson: 0,22.
• Térmicas: coeficiente de transmissão térmica – K = 4,9 Kcal/h m²°C para a espessura de 6 mm.
A qualidade do float incolor e do colorido é resultante de um controle estatístico na linha de fabricação que torna idôneo o material a ser usado diretamente.

Vidro Impresso ou Fantasia (segunda parte) – Obtidos através de escoamento e contínua laminação e mais precisamente: os vidros impressos e ornamentais e os vidros aramados.
O vidro impresso é um vidro translúcido que recebe em uma ou ambas as faces, a impressão de um desenho ou motivos ornamentais (padrão ou estampa). É um produto muito versátil, podendo ser utilizado monolítico, temperado, curvado, espelhado e laminado.
Conforme o desenho que lhes é impresso, os vidros fantasia são subdivididos em dois grandes grupos: estampados e ornamentais.

Estes últimos apresentam motivos decorativos, particularmente apropriados para resolver problemas de integração nos apartamentos.
Os vidros impressos podem ser utilizados na construção civil em janelas, portas e coberturas; na decoração de interiores em divisórias, pisos, degraus de escadas.

Características técnicas:
• Acústicas: poder ono-isolante em dB referente não à espessura, mas sim ao peso em Kg/m²;
• Óticas: fator de transmissão luminosa, conforme o desenho e a espessura: 0,70 a 0,90; a transmissão de luz advém de maneira difusa (translucidez);
• Térmicas: coeficiente de transmissão térmica k= 4,9 Kcal/h m² °C; fator solar 0,70 a 0,85;
• Mecânicas: carga unitária de rompimento à flexão sRF = 3,5 Kgf/mm²; módulo de elasticidade E= 7000 Kgf/mm².

Vidro U-glas – É um vidro perfilado autoportante com formato em U. A seção resistente de suas barras é a sua principal prerrogativa. Vinculadas ás estruturas perimetrais, elas permitem envidraçar amplos vãos. O U-glas é também denominado vidro estrutural.

Características técnicas:
• Estruturais: é incolor sendo que uma de suas faces apresenta um desenho suave e uniforme, que tem a propriedade de difundir a luz e os raios solares. A largura das barras, a altura das abas e espessura do vidro têm medidas fixas, sendo que o comprimento é variável.
• Mecânicas: capacidade das superfícies do U-glas à carga de vento calculada nas seguintes condições: vínculo barras simplesmente apoiadas nas extremidades; carga uniformemente distribuída; coeficiente de segurança.
• Óticas: transmissão luminosa de maneira difusa (translucidez).
• Acústicas: poder fono-isolante.

O U-glas normal, com uma vedação eficaz com silicone ou perfil plástico entre as barras, é suficiente quanto à segurança, com relação a ferimentos de pessoas em caso de rompimento.
A rigidez do U-glas permite o assentamento vertical em parede simples ou dupla, interna ou externamente. A capacidade de estanqueidade é assegurada pelo uso de másquites plásticos.
Montagem: ao redor do perímetro, as placas de U-glas são armadas em perfilados metálicos apropriados, em alumínio anodizado com quatro tipos de assentamento possíveis:
Esquadrias: nas paredes de U-glas podem ser inseridos elementos acabados pré-fabricados, para janelas (a batente, pivotantes, basculantes, etc.) e portas.
O U-glas pode ser utilizado em galpões industriais, lojas, laboratórios, centros esportivos, divisórias internas, fechamento de escadas externas, coberturas e marquises.

Vidro Aramado – O vidro aramado é um vidro impresso translúcido incolor, no qual é incorporada uma rede metálica de malha quadrada, com 12,5mm de lado.

Esta tela metálica oferece maior resistência a perfuração e proteção, pois em caso de quebra, os cacos ficam presos na tela diminuindo o risco de ferimentos.
Dimensões de fabricação: espessura nominal 7mm, comprimento 2100mm, largura 1510mm, peso aproximado por chapa 55,5kg.

Características técnicas:
• Resistência mecânica: este item refere-se a estabilidade na construção e ao comportamento próprio do produto. Falhas mecânicas, tais como rupturas parciais, flexão, etc., são admitidas desde que não prejudiquem , sob o ponto de vista de segurança, o papel que o produto deve representar na construção;
• Acústicas: índice de atenuação acústica de 18 a 21 dB, resultado de medições em laboratório correspondente a um local de 60m3 com um empo de reverberação de 0,5 segundo em uma fachada de 12m² e um índice de envidraçamento de 1/6 com uma insolação no restante da fachada de 45dB.
• Óticas: fator de transmissão luminosa 0,80, aproximadamente. A transmissão da luz se dá de maneira difusa (translucidez);
• Térmicas: coeficiente de transmissão térmica na parede vertical externa K= 5,7 W/m²°C e na parede horizontal externa K= 6,6 W/m°C (fluxo ascendente).

O aramado possui excepcionais índices de resistência ao fogo. Seu poder antichamas é de uma hora e dois minutos. É um fator de segurança que se deve considerar cuidadosamente. A resistência ao fogo é considerada de acordo com os critérios abaixo, para envidraçamentos em posição vertical:
1. Insolação térmica – é considerada satisfatória, desde que o aquecimento máximo, verificado à distância de 1m da face não exposta ao fogo, não ultrapasse 180°C.
2. estanqueidade às chamas – o produto é reputado estanque às chamas se uma camada de algodão colocada a 2 ou 3 cm atrás das eventuais fendas ou orifícios não se inflamar.
3. Não emissão de gases inflamáveis através das eventuais fendas ou orifícios – os produtos de construção

foram classificados no decorrer dos ensaios, segundo critérios acima, em:
– 1ª categoria: estáveis ao fogo – os que atendem somente ao critério da resistência mecânica;
– 2ª categoria: antichamas – os que atendem ao critério da resistência mecânica, estanqueidade às chamas e ausência de gases inflamáveis;
– 3ª categoria: corta-fogo – os que atendem à totalidade dos critérios.

É possível seu corte e modelagem, possui baixa resistência mecânica e propriedade de resistência ao fogo. Deve ser instalado sempre em caixilho.
O vidro aramado é translúcido, proporcionando privacidade e estética ao projeto, ampliando o conceito de iluminação com segurança e requinte.
A rede metálica incorporada ao vidro tem como função principal segurar os estilhaços de vidro na hora do rompimento da placa, então o aramado é utilizado como vidro de segurança para proteção múltipla, tais como: caixa de escada, cobertura de pergolados, fechamento de clarabóias, sacadas e peitoris, coberturas e lanternins, portas, divisórias, marquises, boxes de banheiro e outras situações que requeiram segurança. Apesar de admitido por Norma, não recomenda-se para coberturas, pois quebra-se facilmente. A novidade é que agora também pode ser fabricado com formas curvas.
Não é aconselhável a utilização do vidro aramado em envidraçamentos isolantes. Seu bordo livre deve estar protegido do alcance da água ou do ataque de atmosfera corrosiva (borda do mar, certos núcleos industriais, etc.). Em tais casos, recomendamos a aplicação de pintura betuminosa ou proteção equivalente.
Disponível nas cores azul, cinza e incolor, torna-se um aliado para os projetos criativos.

Vidro Antélio – É um cristal reflexivo que se inclui na categoria dos vidros de controle solar.
Enquanto cristal reflexivo, o Antélio cumpre três funções básicas: melhor controle de insolação, maior conforto visual e efeito estético requintado.
É fabricado atualmente tendo somente como suporte o float incolor ou colorido recozido e de perfeita planimetria. Uma de suas faces recebe uma camada de óxidos metálicos que garante uma reflexão predeterminada em função da irradiação solar.
Dois são os processos comumente utilizados para tornar o float refletivo, entendido aqui, como sendo a própria fonte de reflexão e não associado a películas refletivas:

a) por pulverização catódica no campo eletromagnético e sobre vácuo impulso de metal e óxidos metálicos; esse processo em temperatura ambiente dá boa adesão do depósito na superfície das placas;
b) por pirólise mediante deposição de óxido metálico diretamente e em continuidade na linha de produção.

Com essa tecnologia se provoca a fusão dos óxidos metálicos em alta temperatura e seu englobamento na superfície das placas, atribuindo ao depósito a máxima estabilidade, dureza e resistência no decorrer do tempo.
Esse é o processo utilizado para a fabricação do Antélio. O processo assegura a reflexão seletiva da irradiação solar, influenciando a transmissão tanto da luz quanto do calor.
Os parâmetros que controlam o fenômeno da reflexão são: reflexão luminosa e energética, transmissão luminosa e energética e fator solar.

Características técnicas:
• Mecânicas e acústicas: iguais as do vidro float.
• Propriedades diversas: coeficiente de transmissão térmica do Antélio incolor é K= 5,7 W/m²°C; o calor específico do vidro é de 0,19 kcal/kg°C; módulo de elasticidade E= 7,2 x 105 kgf/cm²; resistência a flexão 400 kgf/cm²; resistência a compressão 10 000 kgf/cm²; densidade 2,5: índice de refração n= 1,52.

O Antélio pode ser instalado indiferentemente com a camada refletiva para o exterior ou para o interior do edifício.
A camada refletiva do Antélio acentua o grau de reflexão do vidro, fazendo com que a visão do lado mais iluminado em direção ao menos iluminado seja diretamente proporcional à quantidade de luz incidente. Assim, durante o dia, a visão é maior da parte interna para a externa, e menor da parte externa para a interna (efeito espelho).
À noite com a troca das condições da luz, também o fenômeno muda de sentido, invertendo assim o lado da placa sobre a qual se verifica o efeito refletivo. Isso no caso da instalação com face 1 (película mineral voltada para o exterior). No caso da instalação com face 2 (instalação do lado tratado voltado para dentro do ambiente), o fenômeno mantém as características, apenas diminuindo de intensidade.
No caso dos envidraçamentos isolantes (duplo envidraçamento), é importante saber que a pressão exercida pelo ar seco contido no interior da vidraça varia em relação à temperatura externa. Tal pressão é compensada pela elasticidade das placas até encontrar uma situação de equilíbrio.
A face refletiva exalta o efeito dessas variações, que geram um efeito distorcido das imagens refletidas. Com o objetivo de reduzir esse efeito é aconselhável utilizar a placa refletiva externa com espessura maior do que a interna.
Caso a altitude do lugar para montagem das vidraças isolantes seja muito diferente da altura do assentamento, pode ser necessário o reequilíbrio de pressão por meio de válvulas de altitude.
Para melhor eficácia térmica, aconselha-se voltar a camada refletiva para o lado externo.
Choque térmico: em função do baixo coeficiente de absorção energética, o Antélio incolor não sofre o risco de rompimento decorrente de choque térmico. Para cristais refletivos com suporte colorido, que possuem maior absorção energética, aconselha-se a têmpera onde se possa verificar tensões térmicas ou superaquecimento.
Em caso de corte ou recorte de chapas na montagem, deve-se aplicar o cortador de vidros do lado refletivo, para evitar que a camada mineral seja arranhada por minúsculos fragmentos presos ao feltro da mesa de corte.
Guarnições de estanqueidade: as massa usadas na colocação, principalmente os mástiques obturadores elásticos, não possuem o mesmo poder de aderência na face tratada, se comparada à face normal. Recomenda-se consultar os fabricantes desses produtos para melhor adequar suas aplicações.
Para haver uma boa homogeneidade de coloração da fachada, respeitar o mesmo sentido de aplicação nos caixilhos do envidraçamento total do edifício.
Nas regiões de alta poluição atmosférica ou em caso de impossibilidade de limpeza, instalar de preferência a camada refletiva voltada para o interior.
O Antélio pode ser cortado, lapidado, temperado, esmaltado, etc. quando recozido, laminado, temperado ou aplicado em vidraças isolantes, deve ser montado conforme as normas ABNT e as prescrições gerais e particulares de instalações dos diferentes tipos mencionados.
O Antélio pode ser lavado periodicamente, utilizando-se agentes comuns de limpeza não alcalinos, isentos de materiais abrasivos ou corrosivos.l após lavagem, enxaguar com água limpa.
Na fase de acabamento das paredes é obrigatória a proteção dos vidros, principalmente contra os escorrimentos devidos aos jatos de água e projeção de argamassa.
Terminado o acabamento, recomenda-se uma primeira lavagem com água limpa, para eliminar a poeira abrasiva contida na superfície dos vidros sujos.
Quando os vidros apresentarem impressões digitais de graxa, mástiques, massa ou cola, é necessário utilizar solventes comuns do tipo álcool. Após a aplicação desses solventes, enxaguar cuidadosamente co água limpa.
Durante as diversas manutenções, deve-se estar sempre atento para não arranhar a face refletiva com os instrumentos de trabalho.
O Antélio pode ser utilizado em fachadas caixilhos e autoportantes, glazing e pele de vidro; coberturas; portas e janelas; divisórias e interiores.
Como todos os vidros refletivos, o Antélio revela certas deformações de imagens refletidas, principalmente quando temperado ou em montagem de vidraças isolantes com fixação em caixilhos.
Segundo a distancia e o ângulo de observação, e as relações de iluminação entre o interior e o exterior do edifício, o aspecto do envidraçamento pode apresentar algumas variações inerentes ao produto.
A película mineral Antélio pode ser aplicada também sobre vidro colorido (cinza, bronze e verde), o que permite alternativas de padrões (cores), assim como nas características técnicas (particularmente no que se refere à luz).

Vidros de Segurança – O vidro é chamado de segurança quando sua tecnologia de fabricação ou sua montagem permite reduzir a probabilidade dos acidentes por choques, por deformação ou por incêndio.

Vidro Temperado (segunda parte) – Vidros temperados são vidros que são submetidos a um processo de aquecimento e resfriamento rápido tornando-o bem mais resistente à quebra por impacto.

Possui como vantagens: a resistência à quebra, cinco vezes maior que o vidro comum, s=600Kgf/cm². Um vidro temperado de 8mm, por exemplo, suportar o choque de uma esfera de aço de 500g em queda livre a partir de uma altura de 2m; resistência à flexão; a resistência à variações de temperatura. A têmpera permite ao vidro suportar diferença de temperatura de até 200°C ; a segurança por evitar ferimentos graves ao ser quebrado, devido a seus pequenos fragmentos arredondados; são considerados altoportantes, pois possuem furações e recortes especiais, que não fragilizam a peça; excelente efeito estético pela ausência de esquadrias; baixo custo comparado com o vidro comum mais a esquadria e estanqueidade perfeita, só possível para vidros fixos.
A têmpera pode ser feita no sentido vertical ou horizontal. A diferença básica entre eles é a forma de transporte do vidro. No forno vertical, o vidro é suspenso por pinças metálicas. Durante o aquecimento, as pinças penetram ligeiramente no vidro, enquanto ele, por ação do seu próprio peso, se deforma localmente nas regiões de sustentação. O resultado é a aparição das conhecidas marcar de pinças que provocam distorções da visibilidade. Estas marcas prejudicam a utilização do produto em alguns locais, como tampos de mesa. A ação do peso por outro lado causa a aparição de repuxos no bordo do vidro e falta de retilinidade local.
Nos fornos horizontais, as chapas de vidro são suportadas por rolos especiais que eliminam as marcas de pinças, assim como as deformações causadas pelo peso próprio. O resultado é um produto de qualidade óptica incomparavelmente melhor. Isso abre ao vidro temperado as portas dos mercados mais exigentes da construção civil e da indústria moveleira.
A têmpera vertical e horizontal pode ter medidas até 4200x2140mm. Seu corte é impossível após a têmpera, portanto a fabricação é sobre medida. Podem ser serigrafados em diversos padrões e cores.
Indicado para locais que requerem resistência, como boxes de chuveiro, portas de vidro ou frontões de lareira, por exemplo. Seu uso em fachadas está restrito a entre vãos de pequenas dimensões dentro de caixilhos. Devido ao risco de acidentes fatais, nunca pode ser usado em fachadas do sistema glazing.

O vidro temperado não atende às normas da ABNT para uso em coberturas (norma NBR 7199 – Projeto, Execução e Aplicação de Vidros na Construção), pois somente os vidros de segurança, aramados e laminados podem ser utilizados em coberturas. Nesses casos, recomenda-se a aplicação de uma película de segurança de poliéster na superfície do material, assim, se o vidro quebrar, o filme retém os estilhaços, mantém a integridade do vão e de quem estiver por perto.
Aplicada na face interna da cobertura de vidro, a película de segurança deve ser ancorada no caixilho para que, em caso de quebra, não despenque junto com o vidro. O ancoramento pode ser feito com silicone estrutural ou perfis metálicos.

Vidro Laminado (segunda parte) – O vidro laminado é constituído por uma ou mais placas de vidro intercaladas por uma ou mais películas de Polivinil Butiral (PVB). Existem dois tipos de laminação no mercado: a simples (vidro + PVB + vidro) e a múltipla (vidro + PVB + vidro + PVB + vidro).

A aderência butiral-vidro é obtida por tratamento térmico sob pressão para produzir uma placa de vidro de segurança transparente e cor permanente.

Oferece alto grau de resistência mecânica e ao traspassamento. È anti-acidente, contra choques acidentais, retém objetos evitando quedas de pessoas; anti-vandalismo,para proteção de bens; e anti-roubo, para proteção dos bens contra arrombamento e armas de pequeno, médio calibre e armas pesadas.
Tem uso obrigatório em sacadas, fachadas de edifícios, além de tetos e coberturas de vidros. Pode, ainda, ser aplicado em pisos, telhados, guichês, janelas, parapeitos, divisórias, vitrines e locais que precisam de proteção à prova de balas, como guaritas, bancos, caixas automáticos, embaixadas, edifícios governamentais etc.
Possui diversas composições de vidros, possibilitando performances acústicas e térmicas excelentes; variedade de espessuras e cores combinando as cores dos vidros e da película de PVB. Para proteger contra o calor, uma das faces deve ser refletiva.
Seu corte e suas modelagens são possíveis após a fabricação e deve sempre estar instalado em caixilho, quando composto de lâminas de vidro recozido.
Tipos de vidros que permitem ser laminados:
– Float recozido, temperado ou curvo;
– Refletivo off-line ou metalizado à vácuo (Ceb);
– Refletivo on-line ou pirolítico (Antélio);
– Espelhos Optimirror,
– Pisos de vidro.

Vidro Aramado – Especificado em Produtos Vítreos de Base.

Vidro Comum – Quebra em estilhaços pontiagudos e perigosamente cortantes e não resiste ao transpassamento; s=130Kgf/cm².
Possui resistência mecânica pequena; pode ser cortado e possui baixo custo.

Vidro Plano – Vidro sem beneficiamento usado em edificações ou na indústria de móveis.

Vidro Reflexivo – Os vidros refletivos, também chamados de vidros metalizados, são vidros que recebem um tratamento, onde recebem óxidos metálicos, com a finalidade de refletir os raios solares, reduzindo a entrada de calor, proporcionando ambientes mais confortáveis e economia de energia com aparelhos de ar condicionado. Mas, seu desempenho térmico varia conforme a cor do vidro, o processo de metalização e o tipo de óxido metálico aplicado.
São produzidos por processo pirólico e a vácuo.
São anti-roubo, para proteção dos bens contra arrombamento e armas de pequeno, médio calibre e armas pesadas; ou apenas reflexivos com coeficiente do fator solar e sombreamento até 80% de proteção térmica – especial para fachadas cortina com alta incidência de insolação, coberturas de grandes áreas como shoppings centers, entre outros.
A privacidade dos vidros refletivos está diretamente ligada à quantidade de luz do ambiente. Estando em um ambiente menos iluminado, é possível ver através do vidro. Estando em um ambiente mais iluminado, é possível ver a reflexão da imagem, como se fosse um espelho. Portanto normalmente durante o dia, a privacidade dentro do edifício é mantida, o que não acontece durante a noite, onde a iluminação interna é maior que a externa.
É recomendado esquadria tipo structural glazing para não haver distorção nos vidros e conseqüentemente deformação na reflexão a imagem.

* fator solar é o total de energia solar admitida, sendo a soma de transmissão solar direta mais a parcela absorvida pelo vidro e re-irradiada para o interior.

Vidro Espelhado – Apresenta superfície tratada para refletir imagens. É recomendada a colocação em molduras.

Vidro Low-E – Vidro com camada extrafina de metal de baixa emessividade. Funciona pela diferença de temperatura e reflete o calor de volta para a fonte, seja ela externa ou interna. Deixa passar a luz natural, mas barra as radiações UV e IV.
Reduz a perda de calor através das janelas e retém o calor no ambiente.
O low-E do tipo hard coat (camada dura) é próprio para uso com vidro monolítico; o tipo soft coat (camada macia) só pode ser usado para compor o vidro insulado.

Vidro Duplo ou Termo-acústico (segunda parte) – Os vidros duplos (ou vidros insulados) são chamados de vidros termo-acústico, pois dependendo da sua composição, podem oferecer isolamento térmico e isolamento acústico.
Formado por duas (ou mais) faces de vidro separadas por câmara de ar selada, o duplo insulado não embaça e tem bom desempenho termo-acústico quando sua composição inclui o uso de pelo menos um vidro laminado e outro para o controle de calor, como o metalizado ou o low-E. A eficiência termo-acústica também depende da distância interna entre os vidros. Pode ser usado com persianas embutidas.

O isolamento térmico se dá, pois a câmara de ar, serve como isolante para a passagem de calor do vidro externo para o interior do ambiente. Para melhorar a performance térmica, pode-se utilizar um vidro refletivo.
Com relação ao isolamento acústico, o desempenho pode ser melhorado utilizando um dos vidros laminados ou vidros de diferentes massas.

Vidro Duplo com Cristal Líquido – O SGG PRIVA-LITE Santa Marina Vitrage, é um vidro laminado, composto por duas chapas de vidro, incolor ou colorido, entre os quais é colocado um filme de cristais líquidos em um campo elétrico.
Quando este campo é ativado, os cristais líquidos se alinham, tornando o SGG PRIVA-LITE um vidro transparente. Quando o campo magnético é desativado, o vidro passa a ser translúcido, podendo ser repetida a operação quantas vezes for desejado.

Autolimpantes – Produtos químicos aplicados na superfície do vidro durante o processo de fabricação evitam a aderência da sujeira e fazem com que a água da chuva escorra em uma cortina única, retirando homogeneamente o pó e evitando as marcas secas de respingos. Reduz a freqüência de limpeza e é indicado para fachadas. Disponível apenas por importação.

Com proteção anti-risco – Novidade no mercado internacional, o vidro com proteção contra riscos só deve chegar ao Brasil nos próximos anos. Como o próprio nome já informa, o produto é imune a riscos. Pode ser usado em divisórias, boxes de banho, janelas e outros locais sujeitos a danos por abrasão.

Vidros decorativos – Suas condições de uso e segurança dependem do tipo de vidro utilizado como base. Quando translúcidos, funcionam como difusores de luz, atenuando a transparência, o que os torna indicados para boxes de banheiro, divisórias ou aberturas voltadas para a rua, por exemplo. São diversos os tratamentos estéticos possíveis, como jateamento, serigrafia ou lapidação. Dentre os vidros decorativos, destacam-se os impressos, que já saem de fábrica com desenhos em alto relevo.

Tijolos de Vidro – Esse material permite a passagem de até 75% de luminosidade e é bastante eficiente no isolamento termoacústico. Não tem função estrutural e só pode suportar outros tijolos de vidro. Possuí 20cm de altura x 20cm de largura, com espessuras de 6, 8 ou 10cm.
Algumas especificações do uso e instalação deste material:
o Utilize sempre espaçadores entre blocos de vidro;
o Para paredes internas com área superior a 13m2, utilize ferro 3/16" (4 a 5mm) entre blocos, tanto verticalmente quanto horizontalmente, para a amarração dos mesmos.
o As paredes curvas deverão ser sempre reforçadas com ferro de 5mm independente de sua extensão. Recomendamos o mesmo procedimento para paredes externas, ou seja, utilizar o ferro de 5mm horizontalmente e verticalmente para amarração dos blocos.
o As dimensões máximas de um painel de blocos de vidro são limitadas em altura e largura em 5m. Para a construção de um painel com mais de 25m2, será necessária a utilização de vigas e pilares para reforço.
o Nunca instale os blocos de vidro quando a temperatura ambiente for inferior a 4oC.
o Não utilize espátulas de aço ou qualquer outro dispositivo afiado para bater e assentar o bloco de vidro, pois isso poderá causar rachaduras invisíveis. Utilize um martelo de borracha para este fim.
o Não é recomendável a utilização dos blocos de vidro em ambientes fechados que atinjam altas temperaturas, como saunas etc.

Exemplos de tijolos de vidro;

Pisos de Vidro
Estes tipos de pisos são de vidros laminados, de segurança, um sanduíche de folhas de vidro entremeadas de películas de PVB – são elas que impedem o estilhaço em caso de quebra e dão cor as chapas. A estrutura e a espessura do vidro devem ser bem definidas e variam de acordo com a área de aplicação.
A instalação varia de acordo com o interesse. Se for assentar o acabamento sobre o contrapiso, deve-se forrar a base com borracha. Se o fundo for permanecer aparente, a chapa deve ser apoiada sobre estrutura metálica, coberta por filetes de borracha. Em ambos, deve-se usar rejunte de silicone.

Determinação da Espessura

Existem alguns fatores que devem ser levados em consideração na determinação da espessura do vidro:
o região onde se encontra a construção, em função da altitude;
o altura do vidro acima do solo;
o pressões do vento;
o inclinação do envidraçamento;
o tipo de fixação do vidro;
o tipo de caixilho;
o tipo de vidro aplicado.

As duas fórmulas mais conhecidas para se calcular a espessura dos vidros são:

– a fórmula de Timoshenko, em que os vidros planos monolíticos se encontram submetidos a uma pressão uniformemente distribuída:
e² = 6ß p l²/s
– Ou a espessura pode ser calculada desta forma:
f = a/72 p l²/e³
Sendo, e= espessura do vidro (cm);
f= flecha do vidro (cm);
p= pressão (daN/m²) – 1 da N ~= 1kgf;
l= menor lado do vidro (m);
s = tensão de flexão (daN/m²)
a e ß= coeficientes adimensionais dependentes da relação L/l do maior lado (L) sobre o menor (l).

Manutenção e Boa conservação

Os vidros devem ser aplicados e mantidos de modo que, por ocasião da colocação ou após a mesma, não sofram danos ou tensões capazes de altera-los ou quebrá-los, qualquer que seja a causa. Para que haja uma boa conservação e manutenção do vidro é necessário que o vidro deva ter suas dimensões determinadas em função das dimensões do fundo do rebaixo do perfil e das folgas a adotar, tendo em vista a tolerância dos caixilhos; o corte deverá limpo e sem lascados, sendo que todos os vidros que apresentarem sinais de rupturas terão de ser eliminados; os vidros não devem receber, quando em canteiro de obra ou por ocasião de movimentações posteriores, projeções de cimento ou de pintura siliciosa (em caso de projeção acidental, o vidro deve ser limpo imediatamente), bem como jatos de faíscas ou respingos de solta, que o atacariam superficialmente e acabariam por inutiliza-lo; referente à limpeza, especialmente no final do canteiro de obra, deve-se tomar cuidado quanto ao aparecimento de riscos e arranhões provocados por poeira abrasiva. Deve-se tomar um cuidado ainda mais especial para os pisos de vidro, em que não se pode usar detergentes industriais ou saponáceos e ainda deve-se ter um cuidado na circulação sobre o piso; é necessário também prever pingadeira para evitar escorrimentos de águas provenientes das partes superiores do prédio no vidro.